Artistas Participantes

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Patrícia Sumares

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Depois

Rua Santa Maria  N. 41

 

Intervención de Patrícia Sumares en la porta 41 de la Rua Santa Maria

A intervenção artística realizada na porta número 41 da Rua Santa Maria, é da autoria da escultura Patrícia Sumares, integrada no projecto de dinamização da Zona Velha da Cidade, através do projecto criado por José Maria Monteiro: “Projecto de Portas Abertas”.

Quando o projecto das portas abertas foi apresentado à artista, a mesma não concordou com a ideia de intervir directamente na porta, atendendo que algumas portas são antigas e estão integradas numa das zonas mais históricas da cidade do Funchal. Por essa razão, achou ser mais sensato encomendar uma porta em madeira, (daquelas portas muito utilizadas nas garagens das nossas casas) e a partir daí iniciou a sua criação artística no seu atelier.

1 - O projecto artístico resulta na abertura de uma pequena janela num dos lados da porta, sendo que o seu interior é revestido com espelhos. A porta é apresentada como se fosse vista do interior para o exterior, logo quando alguém observa para a pequena janela com os espelhos o que vê não é mais do que a sua própria imagem no ambiente exterior.
Por forma a reforçar esta ideia, os ferros pedreiros e a fechadura da porta (que normalmente estão no interior) foram também colocados na porta, sendo que o caminhante ao passar na rua, vê a porta como se estivesse dentro de casa.

Com este conceito a artista quis realçar dois pontos de vista que quanto a mim são muito interessantes: a necessidade e a importância de tentarmos VER as coisas de outro ponto de vista e a tentativa de Humanizar as ruas da cidade fazendo com que as pessoas sintam a rua e a cidade como a sua própria casa.

2 – A Porta foi praticamente revestida com peças cerâmicas: rostos com diferentes expressões e dimensões. Neste longo processo de criação, utilizou várias técnicas desde a modelagem dos diferentes rostos em diferentes expressões faciais com diferentes tamanhos, a realização de vários moldes em gesso, a reprodução de várias peças e a colagem das mesmas.
Numa tentativa de evocar a família, a porta da casa, a humanidade, a porta parece que foi talhada com um formão sobre a base de madeira com vários rostos a sorrir para com as pessoas que passam na Rua Santa Maria. Representando todos aqueles que das suas portas e janelas observam diariamente o movimento citadino.

O espelho remete o observador para a aproximação do seu EU, a auto - reflexão na presença de uma multiplicidade de rostos.

Patrícia Sumares

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